Morre o Lendário Copo de Leite

Morreu hoje uma lenda do rodeio brasileiro: Copo de Leite. O touro da 3B do Bentinho foi uma máquina de pulos das mais duras vistas em nossas arenas. 

Só na parte dos "desafios", Copo de Leite participou de 47, sendo que em apenas duas oportunidades foi derrotado pelos bull riders. Este touro também foi um dos pioneiros na parte de "reprodução intensiva", mesmo antes da chegada da ABBI ao Brasil. Já são vários filhos e filhas selecionados onde darão sequência e até evolução nas características e qualidades deste grandíssimo atleta.

Copo de Leite fez sua última aparição em 2010 no Desafio do Bem de Barretos. Na ocasião o touro do Bentinho levou o chão o grande Salustiano Procópio (Bicampeão de Barretos) aos 3 segundos.

Mais um grande atleta se vai, mas sua história fica. Copo de Leite da 3B...

Bodacioius, Campeão de Reprodução

Bodacious, com um estilo próprio onde puxava os competidores pra cabeça levando-os quase sempre a nocaute, acumulou um cartel de 135 saídas e 7 paradas apenas, além de títulos pela PRCA, PBR e mais algumas associações nos EUA.

O touro da D&H Cattle morreu em 2000, mas conquistou mais um título a pouco pela ABBI (American Bucking Bull Inc.) como o maior reprodutor da associação. São 23 filhos de Bodacious registrados na ABBI com saídas em rodeios profissionais nos EUA, com destaque para o "77 Hustler".

O sangue do touro mais duro de todos os tempos ainda pulsa, mesmo seus descendentes não tendo a mesma qualidade. Mas ainda há tempo! Quem sabe Bodacious não siga o caminho de Oscar, que além de ter sido o grande touro que foi (talvez o maior de todos os tempos) reproduziu campeões como Oscar Velvet, Oscar II etc...

Brasileiros Avançam no Last Cowboy Standing

Dos 50 competidores que abriram os trabalhos ontem no Mandalay Bay em Las Vegas, 15 avançaram para a próxima fase do Last Cowboy Standing, dentre esses, 4 brasileros.

Eduardo Aparecido, vice campeão do BSB/PBR e atual n°6 do BFTS, somou a maior nota da noite. A bordo do touro Flash & Blood (Gene Owen Bucking Bulls) somou 88,75 pts. Valdiron de Oliveira, Silvano Alves e Marco Eguchi são os outros classificados.

"Diron" que está disputando o Touring Pro Division e luta pra retornar ao BFTS fez um ótimo trabalho ontem no Mandalay Bay parando no touro Hou's Back (Travis Medve/Cody Ohl). O "boizim" que tinha uma parada apenas, não conseguiu levar o brasileiro ao chão antes dos 8 segundos. Com isso o goiano somou 87,00 pts ficando com a "virtual" terceira posição já que neste evento o quê vale é a permanência no lombo do boi.

Para o próximo round Eduardo Aparecido vai montar o bom touro Whiskey's Rebel (Bloyd/Floyd/Denheder) que tem um aproveitamento de 62,50%. Nesta temporada o touro tem 2 saídas e está invicto, Já Valdiron terá uma tarefa mais complicada a bordo do touro Ringo (Cody Ohl/Daniel Crisp). Com 8 saídas e 1 parada no BFTS, o boi está com 85,71% e pode dificultar a vida de Diron. Marco Eguchi também pegou uma pedreira: RFD-HD, que antes se chamava "Out Of Control. O touro de Tom Teague ostenta no BFTS 26 saídas e 4 paradas apenas. Pode ser que Eguchi consiga parar nessa máquina já que o touro não tem o mesmo vigor de outrora, mas ainda é touro pra se respeitar. E Silvano Alves que é o atual campeão deste evento teoricamente pegou um touro mais fácil: Tremors (Bloyd/Foyd/C&G Rodeo/TenEyck), mas só teoricamente. Com 50% de aproveitamento o touro quando não leva ao chão proporciona notas que beiram ou chegam aos 90 pontos.

A disputa recomeça hoje em Las Vegas a partir das 22:00 h no horário de Brasília. Quem vai ficar de pé e faturar essa fivela?

Quase $ 400.000,00 em Disputa no Last Cowboy Standing Hoje em Las Vegas

A terceira edição do "Last Cowboy Standing" encerra a primeira parte da temporada 2013 do Built Ford Tough Series. O evento que está entre os maiores do campeonato, se diferencia não só pela premiação que poderá beirar os $ 400.000,00, mas também pelo formato de disputa.

Neste evento o quê importa para os 50 competidores inscritos é permanecer os oito segundos no lombo do boi. Parou na fera, está classificado para o próximo round, seguindo assim até restar apenas o vencedor que irá embolsar $ 100.000,00 e terá mais uma oportunidade de faturar mais $ 200.000,00 em uma montaria bônus. Além desses $ 300.000,00 há mais $ 80.000,00 disponíveis para o bull rider que permanecer a bordo de Bushwacker ou Asteroid. Ou seja: a premiação poderá chegar a $ 380.000,00 neste evento.

Dos 50 competidores teremos 9 brasileiros, com destaque para o atual campeão do "LCS" Silvano Alves, que mais uma vez lidera o mundial da PBR na expectativa pela conquista do tricampeonato mundial.
Silvano que vive um dos melhores momentos de sua carreira sorteou o touro Dirty Deals (Paige Stout Bucking Bulls) que apesar de ter somente 2 saídas no BFTS está invícto. Um ingrediente a mais para este duelo.

Em situação inversa Valdiron de Oliveira que amarga uma passagem pelo Touring Pro Division e está nesta disputa, tem uma chance de ouro para retornar a elite da PBR. O Furacão Goiano está cerca de 620 pts do top 30 e o evento poderá distribuir até 1.400 pts. Mas como nada vem de graça, Valdiron sorteou um "boizinho" complicado já para este primeiro round: Hou's Back (Travis Medve/Cody Ohl). Este touro tem 6 saídas e 1 parada apenas do Campeão Mundial Renato Nunes que somou 88,50 pts. O "velho Diron" terá que dar as caras novamente se quiser almejar algo importante no LCS.

A partir de hoje "o filho chora e a mãe não vê" no Mandalay Bay em Las Vegas. Além desses já citados teremos, o bull rider do momento João Ricardo Vieira, Marco Eguchi, Eduardo Aparecido. Os americanos Shane Proctor, J.B Mauney, o primeiro campeão do LSC Luke Snyder, e claro, a boiada mais dura da face da terra com Bushwacker a Asteroid encabeçando o curral. Os trabalhos começam a 0:00h no horário de Brasília.

"Brake" Aos Brasileiros

Pode parecer que não, mas sim: o novo sistema de classificação para o Built Ford Tough Series é uma forma de conter a debandada brasileira rumo ao mundial da PBR.

No sistema anterior onde a classificação se dava através dos dólares ganhos nos eventos de Touring Pro Division, era fato que uma provável invasão brasileira ocorreria no top 35 já que o Brahma Super Bull PBR é o campeonato com a segunda melhor premiação no mundo, tanto nos eventos regulares como o bônus ao campeão nacional. Em média só a premiação dos eventos regulares do BSB/PBR chega a ser o dobro dos eventos do TPD nos EUA. Assim os bull riders americanos da "base" dificilmente conseguiriam a classificação para a elite da PBR com a concorrência de brasileiros que além de "endinheirados", são bons na corda americana. A única solução para os americanos seria elevar a premiação do TPD, mas com uma economia em crise isso seria algo inimaginável. Criou-se então uma nova fórmula.

A classificação para o BFTS não se dá mais através dos dólares e sim dos pontos, ou parte deles. Dos pontos somados pelos competidores nos campeonatos de TPD, 25% são automaticamente válidos para o BFTS. E o corte que ocorrera a cada cinco eventos agora acontece após cada etapa. Os cinco últimos colocados do top 35 são rebaixados para o TPD, onde os cinco primeiros do mesmo sobem para o BFTS, inclusive aqueles que vencem uma etapa no Touring Pro Division onde a classificação é automática. Mas a diferença agora é que ao invés de cinco, esses que sobem têm um evento apenas para entrar no top 30 e permanecer na elite da PBR.

O fato é que os brasileiros que competem no BSB/PBR terão que trabalhar quatro vezes mais para poderem chegar ao mundial da PBR, inclusive na Final Mundial em Las Vegas. Pois até para a finalíssima  onde a classificação se dava apenas através do dinheiro ganho na temporada, agora também se dá pelos pontos.

A questão é que um país que tem hoje a sexta maior economia do mundo e os melhores bull riders, inevitávelmente faria do Built Ford Tough Series uma espécie de "campeonato brasileiro". Analisando o "x da questão", talvez os americanos estejam certos.